Em 3ª onda em Manaus, parlamentares pedem flexibilização
Durante exposição na sessão híbrida da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) nesta terça-feira (9), o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Lucas Ferrante, defendeu a adoção de lockdown em Manaus por no mínimo vinte dias e a vacinação de 70% da população do estado para evitar um terceira onda de Covid-19.
Foto Divulgação
Convidado pelo deputado Álvaro Campelo (Progressistas) para apresentar uma situação do cenário da pandemia no estado, Ferrante afirmou que a segunda onda foi causada pela antiga cepa que circulava no Amazonas.
De acordo com o pesquisador, a variante surgiu no final de novembro, pouco antes da segunda onda de Covid-19 no estado. "Essa nova linhagem surgiu exatamente pela maior circulação do vírus no estado, ganhando predominância apenas no meio de janeiro, como corroboram os dados da Fiocruz", explicou.
Caso novas medidas de isolamento não sejam adotadas, Ferrante prevê um terceira onda de infecções já em março. E pior: com a circulação descontrolada do vírus, há possibilidade de novas cepas imunes a vacinas surgirem.
“Recomendamos um lockdown de vinte dias ou um mês, em que se restrinja a circulação de 90% da população de Manaus. Concomitantemente com uma ação massiva de vacinação, que deve atender pelo menos 70% da população nos próximos três meses”, ressaltou.
Por outro lado, parlamentares sugeriram que a queda na taxa de transmissão pode facilitar a reabertura de certos setores do comércio. A deputada Alessandra Campelo (MDB) afirmou que vai entrar em contato com o comitê gestor de crise para verificar a perspectivas de reabertura de algumas atividades nas próximas semanas.
Já o vereador Rodrigo Guedes (PSC) apresentou, durante sessão na Câmara Municipal de Manaus (CMM), pedido de audiência pública para propor medidas para a manutenção das atividades empresariais na cidade de Manaus junto aos comerciantes e entidades do setor privado.
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