Leitos habilitados pelo MS pode zerar em março

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Sem novas medidas de custeio pelo governo federal, o número de leitos de UTI habilitados pelo Ministério da Saúde para tratamento da Covid-19 registrou queda nas últimas semanas e pode chegar a zero em meados de março, segundo balanço do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass).

O envio de recursos, nesse sentido, deixa de ser responsabilidade do governo federal e fica a cargo de estados e municípios. No entanto, há dificuldades de financiamento, e essas estruturas correm o risco de ser fechadas.

Desde o fim do ano passado, gestores vêm pedindo apoio ao governo federal para manutenção e financiamento de leitos. De acordo com a Folhapress, em 31 de dezembro o Brasil tinha 9.480 leitos de UTI contra a Covid habilitados pelo Ministério da Saúde para receber recursos federais – o valor previsto é de R$ 1.600 por dia. Nesta terça (16), o total de leitos que ainda recebiam esses recursos era de 4.891 – queda de 48%.

“Quando o ministério começa a desabilitar esses leitos, o primeiro impacto é financeiro, porque o estado passa a ter necessidade de bancá-los com recurso próprio. Se não houver solução, em um curto espaço de tempo, muitos não vão ter condições de manter e terão que fechar”, afirma Carlos Lula, presidente do Conass e secretário de Saúde do Maranhão.

O Ministério da Saúde negou o risco de redução de leitos e a falta de recursos e diz que pretende apresentar nesta quarta (16) uma proposta de solução temporária para o problema.