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Enem 2019 não terá foco em questões 'ideológicas', diz ministro da Educação

Em 2018, o exame despertou críticas do então presidente eleito Jair Bolsonaro, que chegou a declarar que leria a prova antes de ser impressa.


O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou na manhã desta quinta-feira (10) que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não terá "foco em questões ideológicas" e que as provas deste ano "já foram impressas e estão a caminho" dos locais de aplicação.
Para Weintraub, a edição deste ano "marca o fim de uma grande era" porque, a partir de 2020, ela passará gradualmente a ser digital.
"A gente pediu que o foco não fosse em questões ideológicos. Que medisse a capacidade de ler, compreender texto, e não ficar discutindo coisas que possam polemizar o ensino dos jovens e das crianças do Brasil. A gente quer que as crianças aprendam e o ensino avance, e não criar polêmicas", afirmou Weintraub.
As declarações foram dadas durante uma entrevista para a imprensa sobre o exame, que neste ano será aplicado nos dias 3 e 10 de novembro.

'Questões ideológicas'

Na edição de 2018, uma questão do Enem despertou críticas do então presidente eleito Jair Bolsonaro. Tratava-se de uma pergunta na prova de linguagens que citava o "Pajubá", um conjunto de expressões associadas aos gays, drags e aos travestis. Na questão, o candidato tinha que saber reconhecer a característica necessária para que um patrimônio linguístico de um grupo fosse considerado dialeto. O então ministro da Educação, Rossieli Soares, não comentou as críticas.

Enem digital

Para o ministro da Educação, o Enem deste ano representa o fim da era das provas impresas.
"Esse Enem marca o fim de uma grande era. A partir do ano que vem, teremos o início do Enem Digital, e aí começa uma ação progressiva para a gente não ter mais essa operação de guerra", afirmou.
A transição do papel para o computador vai começar em 2020 com um projeto-piloto para 50 mil candidatos de 15 capitais.

Provas impressas a caminho dos locais

O ministro da Educação também afirmou que as provas deste ano já foram impressas e estão a caminho dos locais de aplicação.
Em abril deste ano, a gráfica que faria a impressão das provas do Enem entrou com pedido de falência, despertando a dúvida sobre o cumprimento do prazo para a realização do exame. O Inep disse que avaliava 'alternativas seguras' para imprimir prova. Um mês depois, o órgão conseguiu dispensa de licitação para contratar uma nova gráfica, o que agilizaria o processo.
"Alguém falou que não ia ter Enem por causa da gráfica. A primeira etapa do processo, a primeira dúvida foi dirimida, acabou, foi tudo impresso. Agora é distribuir, acompanhar e ter certeza de que tudo vai correr bem, dentro da legalidade", diz Abraham Weintraub.
REPOSTE G1 

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